Ação Curricular em Comunidade e em Sociedade (ACCS)

A Licenciatura Intercultural da UFBA compromete-se firmemente com a integração da extensão universitária em seu currículo, seguindo a Resolução Nº 01/2013 do CONSEPE. Como parte desse compromisso, serão oferecidas cinco disciplinas ACCS como componentes obrigatórios do curso. Conforme aponta a Pró-Reitoria de Extensão da UFBA, a Ação Curricular em Comunidade e em Sociedade (ACCS) assume uma abordagem dialética e dialógica, envolvendo estudantes, professores e grupos da sociedade na busca por soluções para desafios contemporâneos. Essas disciplinas, além de promoverem o intercâmbio de conhecimentos, destacam-se pela liberdade na escolha de temáticas e pela colaboração interdisciplinar, refletindo a diversidade de áreas cobertas pelos cursos da UFBA.

Os componentes ACCS previstos em nosso currículo são:

  • FCHM36 - Memórias da Luta e Resistência dos Povos Indígenas do Nordeste

Ampliar a conexão de saberes entre estudantes de graduação e pós-graduação indígenas e não-indígenas, anciãs e anciãos, gestores, pesquisadores e lideranças indígenas, bem como a curricularização da extensão em antropologia, garantindo o conhecimento engajado sobre os povos indígenas da Bahia e do Nordeste.

  • MATF54 - Onda Educativa, Digital, Ecologista e Pan-Afro-Indígena

Estudo e prática de atividades educativas tradicionais e modernas, no âmbito de fortalecer as diversidades técnicas, ambientais, espirituais e culturais em comunidades da Bahia. Ensino, pesquisa e divulgação de tecnologias livres, tanto tradicionais, atuais e de origem indígenas e africanas, assim como oriundo das mais recentes pesquisas científicas e humanas produzidas pelas academias de civilização judeu cristão. Estudo e aplicação de tecnologias livres ao serviço das comunidades. Desenvolvimento de materiais didáticos e mídias digitais comunitários com uso de tecnologias da informação.

  • FCHL47 - Educação Diferenciada e Revitalização de Línguas Indígenas

A ACCS, partindo da perspectiva da Antropologia Linguística como um campo transdisciplinar, busca conscientizar os estudantes sobre o enfraquecimento das línguas nacionais dominantes, com foco nas implicações sociopolíticas globais. Envolvendo-se com comunidades indígenas, visa deter a perda cultural, aplicando uma metodologia de assessoria e cooperação entre a universidade pública e as comunidades. O objetivo principal é capacitar professores indígenas para melhorar a qualidade da educação escolar, promovendo políticas linguísticas autóctones e formando especialistas para contribuir criticamente nas políticas públicas educacionais e culturais para os povos indígenas.

  • GEOD34 - A Terra como Cura - Geologia e os Saberes Tradicionais

Rochas e minerais empregados para promoção da saúde - ênfase em povos tradicionais indígenas e de matriz africana. A Terra na visão cosmológica dos saberes e fazeres tradicionais. Excursão e visitas de campo obrigatórias.

  • FAR454 - Busca Racional de Novos Fármacos de Origem Vegetal

Exposição do aluno à situações práticas e cotidianas envolvendo conteúdos sobre os diversos aspectos do uso de plantas medicinais, dentre estes: contato com a informação de fontes científicas e interpretação das mesmas; contato com o trabalho de campo visando a pesquisa dentro da temática plantas medicinais e herança cultural em medicina popular; conceitos de doença e saúde, certificação científica através de bibliografia especializada dos bioativos vegetais.

  • ARQA94 - Arquiteturas de Povos e Comunidades Tradicionais

Arquiteturas de povos e comunidades tradicionais, incluindo as afro-brasileiras e as remanescentes de quilombos, serão abordadas neste curso. Além disso, serão exploradas organizações de promoção da igualdade racial, legislações e políticas públicas direcionadas aos povos de matrizes africanas. O enfoque se estenderá a programas, projetos e ações voltados não apenas para as comunidades quilombolas, mas também para as comunidades indígenas na Bahia. Durante o curso, os alunos desenvolverão habilidades de análise e proposta de projetos arquitetônicos e urbanísticos, adaptando-se ao contexto específico dos povos indígenas na Bahia, considerando os conceitos-chave de território, cultura e etnicidade.