A Pesquisa na UFBA

Por Maria Rosário Gonçalves de Carvalho (PINEB/UFBA)

Costuma-se afirmar que nas 69 instituições federais do sistema universitário brasileiro, o ensino, a pesquisa e a extensão compõem um tripé que assegura a reprodução, e sobretudo a renovação, do referido sistema, que, em números, possui 197.337 servidores do quadro ativo permanente: são 2.388 professores da educação básica, técnica e tecnológica, 86.446 professores do magistério superior e 108.503 técnicos administrativos em educação. (Folha S. Paulo, 30.04.2024).

Vejamos como funciona esse tripé. Parte-se do suposto de que o ensino é o eixo desencadeador que busca formar o alunado por meio da colaboração dos seus corpo docente e técnico-administrativo que, vinculados a uma estrutura departamental, como é o caso da UFBA, oferta, em cada unidade de ensino, um conjunto de disciplinas que se supõe fundamentais para preencher a sua formação, seja nas chamadas ciências sociais, seja nas demais ciências.

Por que a pesquisa, nessas instituições, constitui um eixo que apresentamos como o mais importante? Porque é por meio da pesquisa que se produz, e são renovados, os conhecimentos transmitidos pelo ensino, com o que se busca assegurar permanente reflexão crítica sobre os temas que compõem as agendas de pesquisa nacionais e regionais. Nesse sentido, é oportuno lembrar que a pesquisa no Brasil é notadamente produzida pelas universidades federais. Em 2018, de acordo com dados da ANDIFES (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), 70,2% do alunado procediam de famílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário mínimo percapita (Folha S. Paulo, 30.04.2024). Não fora o caráter público e gratuito das IES, esses alunos – situados na base da pirâmide social -- não teriam ingressado no sistema universitário. É por isso que as universidades federais constituem patrimônio do Brasil.

A pesquisa na UFBA é produzida e renovada graças às atividades dos seus 498 grupos de pesquisa registrados e estratificados no Diretório do CNPq e dos 57 cursos de mestrado e 39 de doutorado. Esses pesquisadores obtêm os recursos necessários ao desenvolvimento dos seus diversos projetos mediante a submissão de projetos junto aos órgãos de fomento nacionais e estaduais, tais como o CNPq e a FAPESB.   

Os Grupos de Pesquisa, por sua vez, mobilizam 1.966 pesquisadores distribuídos em 1996 linhas de pesquisa, dos quais aproximadamente 220 são bolsistas de Produtividade em Pesquisa do CNPq. 

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC)  é o responsável pela promoção da iniciação científica dos estudantes de graduação na UFBA, por meio do SisBIC, o seu sistema de gerenciamento de bolsas que compreende o referido PIBIC, o PIBITI (Programa Institucional de Bolsas de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação) e o IC Jr (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica Júnior).

Finalmente, a Pró-Reitoria de Extensão (PROEXT), que articula as relações entre a universidade e a sociedade por meio de várias ações, mantém em desenvolvimento 13 programas de extensão, arte e cultura.

Bibliografia

Folha de S. Paulo. Universidades Federais: Patrimônio do Brasil. 30.04.2024