A pesquisa intitulada "A crise da reprodução social na educação básica brasileira: considerações teóricas em busca de uma perspectiva unitária" tem como objetivo geral analisar como a crise da reprodução social se expressa no âmbito da educação básica brasileira, a partir de um estudo investigativo, exploratório e descritivo da literatura da área. Alicerçado nos aportes do materialismo histórico-dialético, considera a totalidade enquanto categoria metodológica para uma análise unitária sobre exploração e opressões, fundamentada na Teoria da Reprodução Social (TRS). Como hipótese inicial, parte-se da premissa de que o processo de feminização do trabalho docente no Brasil contribuiu para a precarização deste trabalho e para o rebaixamento da formação pedagógica, produzindo sofrimento e adoecimento psíquico docente. A medicalização, enquanto racionalidade reducionista e naturalizante sobre a vida humana, desvincula a produção de sofrimento de seus determinantes sócio-históricos, parecendo atuar, junto à feminização do trabalho docente, como estratégias essenciais para o aprofundamento da crise da reprodução social na educação. Para investigar essa hipótese, serão desenvolvidas quatro etapas de pesquisa, alinhadas aos objetivos específicos do projeto. Os procedimentos metodológicos envolvem técnicas de pesquisa qualitativa, incluindo principalmente a pesquisa bibliográfica e a análise documental. Ainda que seja uma pesquisa exploratória inicial, espera-se que os resultados desta investigação contribuam para prefigurar possibilidades concretas de superação da crise da reprodução social na educação básica brasileira.