Durante o Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão da Universidade Federal da Bahia (UFBA), foi realizada a mesa-redonda "O PARFOR-EQUIDADE NA UFBA: A oferta de licenciaturas para o público específico do campo e das comunidades indígenas na Bahia". O evento contou com a participação de especialistas, gestores e representantes de comunidades beneficiadas, que discutiram as políticas educacionais de inclusão e equidade no ensino superior. A mesa-redonda abordou os avanços e desafios do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR).
Mediada pela pró-reitora de graduação da UFBA, Nancy Rita Vieira, a mesa destacou o papel fundamental das Licenciaturas Intercultural Indígena e em Educação no Campo para a universidade. Nancy ressaltou o apoio da administração central aos cursos, o orgulho pela contribuição desses projetos à UFBA e o desejo de que ambos se tornem regulares na instituição. Ela também agradeceu à Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC/BA) pela co-participação na oferta desses cursos.
A superintendente de Políticas para a Educação Básica da SEC/BA, Helaine Souza, elogiou o impacto do curso de Licenciatura Intercultural Indígena na formulação de políticas públicas. Em uma fala engajada, Helaine enfatizou que os públicos atendidos pelo PARFOR-Equidade frequentemente estão fora do alcance das políticas tradicionais e precisam de atenção especial. Ela mencionou a necessidade de atender demandas específicas, como o acompanhamento de mães com filhos e de mais velhos durante viagens, iniciativas lideradas por professoras indígenas que têm inspirado outros grupos.
Cássia Margarete e Marize Carvalho reforçaram a importância de uma educação crítica no campo, que alie saberes científicos às vivências das populações locais. Já Felipe Fernandes, coordenador da Licenciatura Intercultural Indígena, destacou o papel do movimento indígena e das unidades, departamentos e comissões acadêmicas da UFBA na concretização do projeto. Ele também elogiou o trabalho da PROGRAD e de toda a Administração Central, em especial de Carol Mendonça, no desenvolvimento de uma matriz curricular de excelência, capaz de formar docentes qualificados para atuar nas escolas indígenas da Bahia.
Integrando a programação do Congresso, que celebrou o 78º aniversário da UFBA, a atividade reafirmou o compromisso da universidade com o fortalecimento de seu papel social, além de destacar o impacto transformador de cursos voltados a públicos historicamente marginalizados. O evento consolidou a UFBA como espaço de diálogo crítico e defesa de uma educação pública e democrática.