
É com imensa alegria que iniciamos o segundo semestre do curso de Licenciatura Intercultural Indígena com uma nova coordenação. O Professor Mauricio Caviedes acaba de assumir a cadeira de História Indígena no Departamento de História da FFCH. Mauricio é um docente profundamente comprometido com as causas indígenas e tem participado ativamente de várias atividades junto aos discentes indígenas de nossa instituição. No primeiro semestre do curso, ministrou brilhantemente a disciplina de Etnomatemática. Temos plena certeza de que o curso será muito bem conduzido neste novo momento.
Biografia de Mauricio Caviedes
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Professor visitante PPGA - Universidade Federal da Bahia desde 2021.
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Doutor em História pela Universidad Nacional de Colombia em 2011.
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Graduação em Antropologia pela Universidad Nacional de Colombia (2001).
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Especialização em Economia pela Pontificia Universidad Javeriana - Bogotá (2020).
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Mestrado em Antropologia pela Universidad Nacional de Colombia (2004).
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Pós-Doutorado no PPGAS da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2015-2017).
Mauricio atuou como presidente da ACANT - Asociación Colombiana de Antropología (2019-2021). Foi professor do departamento de antropologia da Universidad Nacional de Colombia (2005-2011) e professor do departamento da Pontificia Universidad Javeriana (2008-2020).
Pesquisa de Mauricio Caviedes
Como exemplo de sua atuação como pesquisador, destacamos o texto "A ESCOLA INTERCULTURAL INDÍGENA NA COLÔMBIA E NO BRASIL DESDE O PONTO DE VISTA DA LITERATURA ANTROPOLÓGICA: INSTRUMENTO CIVILIZATÓRIO OU INSTRUMENTO POLÍTICO INDÍGENA". Neste trabalho, Mauricio discute o problema da dominação de uma sociedade sobre outras e sua ligação com o conhecimento escolar. Essa discussão é fundamental para que os povos indígenas conquistem o direito a uma educação que garanta sua sobrevivência, oferecendo acesso aos conhecimentos chamados de "universais", mas também respeitando os conhecimentos "próprios" ou "tradicionais".
No artigo, Mauricio apresenta os avanços nos estudos sobre a educação indígena na Colômbia e no Brasil entre as décadas de 1990 e 2000. Ele cria uma classificação dos autores: aqueles que enfatizam as consequências civilizatórias da escola sobre os povos indígenas e aqueles que enfatizam o processo de reinterpretação e apropriação indígena da escola. Esta classificação não busca criar uma dicotomia, mas servir como instrumento analítico dos pontos de vista dos antropólogos e antropólogas sobre o assunto. Além disso, essa classificação pode ajudar os povos indígenas na construção de instrumentos (escolares ou não) para formar os futuros líderes políticos de suas comunidades.
Estamos entusiasmados com a nova coordenação do curso e confiamos que Mauricio Caviedes continuará a contribuir significativamente para o fortalecimento da educação indígena em nossa instituição.